Pouco menos de 100 dias. Esse é o tempo que falta para que seja dado o apito inicial da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, que terá como casa um país europeu pela terceira vez na história da competição: a França.
A Copa do Mundo feminina teve início em 1991 e foi sediada na China naquele ano. Como a masculina, é disputada a cada quatro anos. Reúne menos seleções que a dos homens (apenas 24), que passam pelo mesmo processo de eliminatórias. A maior campeã é a seleção americana, com três títulos; o Brasil ainda não conseguiu conquistar a taça, mas nossa rainha Marta é a maior artilheira da história, com 15 gols (e contando). A brasileira ganhou também a Bola de Ouro de melhor jogadora da competição e a Chuteira de Ouro, de artilheira, na edição de 2007.
O torneio deste ano, deixado de lado pelos grandes veículos da mídia tradicional por tantos anos, será marcado como o primeiro a ser transmitido pela Rede Globo. Na TV aberta, serão mostrados apenas os jogos da seleção brasileira, enquanto o canal a cabo SporTV fará a transmissão da Copa de maneira integral.
A conquista que aos poucos é fundamental para ajudar a dar visibilidade suficiente para a modalidade, tão pouco valorizada no Brasil. Os argumentos que evitam a igualdade de gêneros no esporte sempre se sustentam no fato de que mulheres não podem ganhar o mesmo que os atletas homens porque as duas modalidades não dão o mesmo retorno financeiro e de público. Mas como isso pode ser possível se não é dada a mesma atenção, tanto por parte da audiência, quanto por parte dos patrocinadores e da mídia para os esportes femininos?
Que cada marco na trajetória do desenvolvimento do futebol feminino floresça e traga resultados ainda mais importantes para nossas profissionais e que incentive as que estão por vir. Torçamos para o Brasil das mulheres como torcemos para o dos homens e que venha o tão sonhado título inédito!